Quando sinto que uma amizade é real e vale a pena - coisa que demora e muito - me jogo de cabeça, é quase que involuntário! Posso contar tudo do meu dia-a-dia e seguedos, sei que isso não é bom. Posso acabar em uma armadilha ou coisa do gênero, mas mesmo sabendo disso vou e conto tudo! Então por esse motivo estou sempre desconfiada, alerta - ou não -, procuro algum tipo de pista de que meu amigo não é confiavel; Esse é um dos meu defeitos.
Posso dizer que sorte com minhas amizades - bom, pelo menos é o que eu sei -, mas já passei por problemas e muitos. Isso pode ser uma das razões da minha desconfiância.
Não é ciúme, bem, acho que não sofro desse mau. Tá, vou dizer então que sou ciúmenta, não em exesso, mas posso sair do controle. Não saio do controle por muito tempo - obrigado Deus!
Em algumas situações me sinto contra a parede, ansiosa, preocupada com os amigos e tudo por apenas uma pergunta:
- Não conta pra ningué, tá?
Isso me faz respirar fundo, não que eu não possa ou não consigo quardar, eu consigo; me sinto comprometida quando alguém me fala “é segredo”. Sinto como se eu fosse dar com a língua nos dentes a qualquer segundo, um descuido e tudo escapará de minha boca, consigo imaginar as palavras encorrendo em meus lábios. O máximo que consiguirei dizer depois será “pronto, fodeu pra mim!”.
Pelo que eu consigo lembrar, nunca fiz isso - se eu fiz me avisa, tá? -, mas o “quase” me percegue. Já quase contei que já sabia da história, já quase falei que eu vi aquilo, já quase entreguei ele. Como eu amo a palavra QUASE.
O que me faz ficar de boca fechada é imaginar eu tendo que explicar um segredo revelado ou uma amizade indo por água abaixo para sempre. O medo sempre tapa minha boca nessas horas e o pensamento volta para uma breve reflexão.
Consiência, fidelidade e medo, obrigado por estatem comigo.
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