Após 00:30min o tempo torna-se melancólico, nostálgico, bobo, incapaz de arrancar um sorriso do novo e sim do que ficou nas páginas viradas.
Não importa onde sento ou deito, passado torna-se presente e futuro... Bom, o futuro se vai planejando aos trancos e barrancos. Aqueles velhos diálogos impossíveis nem são mais lidos ou inventados; o "e se" vem a calhar e transforma vários sonhos em um tipo de realidade, num mundo paralelo. Nós já namoramos, sabia? E foi numa madrugada. E você, nem imagina que saímos juntos, né? Não posso esquecer do outro "nós" e "você" que quase foi mais que um amigo.
Contos escritos e logo apagados, por que nossa mente não escreve páginas reais, daquela de papel mesmo para depois lermos cada detalhe? Será para nós não nos acostumarmos com o "não-real"? Ou para seguirmos em frente? Ora, quantas perguntas nessa madrugada que a cada segundo se torna mais dolorosa. E é uma dor sem motivo, uma dor que pode ter vindo de muito tempo ou que será explicada amanhã.
Se tudo isso parece confusão, é porque não esteve em minha pele por esses dias. Algumas coisas nunca mudam e isso trás as dúvidas; coisas inesperadas são recebidas de gente menos inesperadas ainda e ainda quando penso, quase caio. Será que devo acreditar no "se confirmou"? Perguntas novamente e superstições tolas rondam a noite.
E assim passo os dias, ou melhor, as madrugadas, as mais curtas e únicas da minha vida. Sentirei salta delas, e como sentirei. Talvez sentirei falta de não ter, se é que um dia te terei - e nem ao certo, de quem falo. O melhor que tenho a fazer agora é me afogar em profundas melodias e frases que combinei com a madrugada, ou seja, melancolia.
1 Comentar:
Sei como é o que você descreve, também costumo passar umas madrugadas acordada, pois é a única hora que consigo ficar sozinha com os meus pensamentos
Postar um comentário