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quarta-feira, dezembro 08, 2010

A moda descartável


Esconder e remover. Com certeza é o que todos fazem quando há algo quebrado ou fora do padrão.
Eliminar, trocar, substituir, mudar disfarçar.
Não importa se foi um “bibelô”, um lápis, copo ou um quadro, será rapidamente substituido. Não querem saber de conserto, a troca vem mais que automática.
Parece que estão praticando o desapego com mais facilidade, parece que enjoam das coisas ao redor com facilidade.
Esquecem sas lembranças, enterram pessoas, queimam momentos, escondem sentimentos. Retiram o cartão vermelho do bolso, apitam e o objeto já está no banco como se tivesse cometido uma falta.
A facilidade de adquirir, comprar, achar o que queremos fala mais alto. A dificuldade de ter algo diferente, a ansia pelo “normal”, o igual, a copia.
Trocar coisas não é o maior problema, objetos vão e voltam. Pena que pessoas vão e não voltam.
A moda de descartar - a moda do descartável, como quiserem - parece estar am alta - assim como os tecidos entampados e saias godês. Mas não priva apenas aos objetos, se desfazer de quem está “fora do padrão” é outra moda, mas não veio de Paris ou Milão. Não foi Chanel ou Dior que lançou. O mundo, o comercio, os ditadores de beleza e comportamento lançaram.
E nós, como bons seguidores das tendências, entramos nessa de cabeça! Oh, capaz que não vou ficar de fora, preciso ser igual aos outros, desculpe.
O que passa na cabeça destas criaturas? Tenho medo de descobrir. Mas acho que sei o há lá, um vacuo, igual ao espaço; nada há lá, está tudo oco, nem se quer o oxigênio ou até mesmo o gás carbonico tem coragem de se instalar. Vai ser sufocado, comprimido.
Analizando minha casa e as substiruições, me deparei com algo que no incio fiquei louca “como a mãe pode deixar aquilo lá?”. Deitada no sofá vi umas das lembranças da cidade de Dom Feliciano (RS) quebrada. Um pequeno poço feito de vidro junto com aos cisneis e a árvore de natal de vidro.
Adimito que achei o cumulo, mas depois de olhar ao redor, percebi que ela fez a coisa certa. Pra que esquecer uma lembrança só por estar com uma metade a menos?

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