As drogas são as mesma, algumas vezes acompanhadas de bebidas como nesse caso. Sim, me entorpeço até cair. Caio num diluvio sem fim, profundo, buscando tentar explicar o que vejo, sinto, toco, compro, como, falo. Quando nem as drogas resolvem, apelo para os céus.
Não quero fazer filosofias de balcão de bar, fazer piadas infames ou ser uma cantora bêbada mostrando ao mundo o amor com um violão. Se você levou tudo isso até agora sério, se oriente melhor, meu filho.
Somos cheios de dedos quando se trata da vida. Ora, se vou cuidar meu "eu" a todo segundo, não há quem sobreviva. Mas a cor do meu cabelo até pode ser falsa ou meu tênis, porém minha verdadeira cara não irá se esconder mais. Passou o tempo de máscaras e personagens, se liga! Se tu mesmo não sair desse papel de idiota, um dia alguém irá tira-lo a força de ti.
Ainda não li o livro que digo estar lendo, são tantas drogas me distraindo e me perco. Vamos conversar então, mas chega de falar das desgraças! Já não sou amarga o bastante?
Pegue minha mão e vamos reparar as coisas paradas e quebradas em praça pública, correr sobre os carros do engarrafamento, comprar roupas em liquidação, furar uma fila, escrever uma carta.
Pessoas pagam para viver ainda? Pagam por o que? Por amor, esperança, afeto. Não entendo como a humanidade pode ser tão escrota, suja. Sinto vergonha de fazer parte dela.
E afinal de contas, quem está certo? Os doidos que se drogam - como eu - ou aqueles que vagam na selva de pedra como robôs?
Não, eu não uso drogas pra valer, são as drogas do século XXI, que apenas nos fazem engordar e aumentar o colesterol.
1 Comentar:
Eu aaamo os seus textos!!!!!
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