Quero, quero, queria!

 Queria tomar um bom café, aumentar minha fé, descer a rua a pé. Queria falar alemão, dançar vanerão, soltar um balão. Queria comprar um Chevy Impala, dar uma risada, brincar de nada. Queria viver aquele sonho, saber o que como, guardar o almoço. Queria andar a cavalo, cavar um buraco, achar uma palavra que seja um barato. Queria montar uma rima, saber onde ia, nunca ser uma isca. Queria tocar oceano, comemorar um ano, fugir do cigano.  Queria comprar um sapato, saudar um sapo, puxar o fiapo.
 Eu queria, queria, queria e quero. Está escrito na minha cara, não há como não ver; erro meu deixar transparecer.
 Não quero forçar nada, apenas confirmar se é nada. Ora, como é difícil dessa vez - ninguém disse que seria fácil ou parecido.
 Queria tantas coisas, mas agora quero apenas uma... Saber!