A falta inspirando

Nem preciso falar sobre a minha ausência.

Não me preocupo tanto em atualizar o blog e sim em escrever, criar, montar frases, ajustar o texto – coisa que faço pouco, admito – não gosto de ficar sem o que escrever.

Já virou um hábito, é fato.

Há uma necessidade de criar, de elaborar. Mas infelizmente só consigo escrever. Tentei desenhar, não tive sucesso. Tentei cozinhar e pus muita massa pra pouca forma. Tentei até mesmo cantar, isso sim eu não tento mais, posso ser espancada.

Sobre o que escrever então? Não consigo olhar para uma cortina azul e pensar algo além de que ‘a cortina é azul’, pronto! As coisas a volta são muito concretar e certas para tentar extrair algo com o ‘eu-lírico’, ver com ‘os olhos da alma’, associar com o imaginário ou fantasia.

O mundo parece que tem medo de ver as coisas como elas realmente são. Se o chaveiro parece um sol amarelo, ele então é, ponto final. Não me venha com o papo de seiláoque, de “personalidade do proprietário”, possuo coisas felizes e poucas vezes estou feliz a ponto de espalhar felicidade. Prefiro minha horrível cara fechada a um sorriso amarelo ou falso.

Não sei me comunicar, falar, me expressar, caminhar, cantar, cozinhar, dançar, economizar, amar ou desenhar.

Nego muito e afirmo pouco.

Acho que preciso de inspiração, quando a falta dela me faz escrever tudo isso que você acabou de ler.rio de todos os seus vizinhos__________________________________________________________________________________________________